IPDE > Notícias > Parar no tempo, ou inovar e avançar?

Parar no tempo, ou inovar e avançar?

A população de Franca e Região aguardam ansiosas, por propostas concretas e urgentes da Prefeitura de Franca e do COMAM, bem como de manifestações dos senhores vereadores. Vamos parar no tempo ou inovar e avançar?

IPDE > Notícias > Parar no tempo, ou inovar e avançar?

por ELIAS DE OLIVEIRA MOTTA – Presidente do IPDE

Os Prefeitos Municipais de Franca e dos demais municípios de sua Região encontram-se em uma fase crucial da História Regional: ou levam suas cidades a pararem no tempo ou inovam e avançam para integrarem seus cidadãos na Sociedade da Informação, do Conhecimento e do Lazer, revolução silenciosa que está mudando para melhor a vida de todos os seres humanos.

Com efeito, o mundo passa por inexoráveis e disruptivas inovações tecnológicas e a omissão dos políticos a este respeito não será perdoada, pois redundará em mais desemprego, deteRioração da infra-estrutura e redução da qualidade de vida.

Mais do que nunca, se faz necessário atrair novas empresas (como startups e hightechs), da economia digital e da nanotecnologia. É preciso também fortalecer as empresas locais, com incentivos que elevem sua produtividade e competitividade e aumentem as exportações.

Também é hora de se planejar e implantar um Parque Tecnológico, por meio de parceria público/privada. Os Prefeitos que optarem por inovar e avançar precisa levar em conta que as grandes empresas, como as de inovações tecnológicas, escolhem os locais para implantar novas unidades e seus serviços exclusivos (como client support, análise de risco financeiro, centros de PD&I etc.), com base em vários critérios, como a existência na Região não só de potenciais consumidores, mas, também, de:

a) Institutos de desenvolvimento de novos softwares, hardwares e ferramentas de gestão, e de modelagem, simulação, otimização e automatização de processos e que já trabalhem com IA (Inteligência Artificial), Realidade Aumentada, Robótica, Impressão 3D e Simulação de Integração de Química Fina (para indústrias de cosméticos, farmacêutica, de biotecnologia etc.);

b) Parque tecnológico aglutinador de empresas inovadoras e de serviços hightech e com incubadoras de startups e aceleradoras de empresas, com espaço adequado para outlets de fábricas e de artesanato regional, feiras e exposições;

c) Instituições com competência para a definição de políticas públicas e elaboração de planejamentos estratégicos, com prática de Educação Corporativa e a Distância – EaD, para requalificação profissional básica e capacitação de alto nível;

d) Locais aptos para a recepção e a produção de novos conhecimentos (habitats de inovação de um parque tecnológico, por exemplo) e de fácil adequação e acesso para atender aos interesses de empresas globais;

e) Boas e completas infra-estruturas de comunicação (smart city), saneamento básico, energia elétrica, logística para ágil escoamento da produção, estação aduaneira e aeroporto que facilite as exportações e a mobilidade de pessoas;

f ) Índice de qualidade de vida elevado, com baixa criminalidade, alto nível de escolaridade e boa estrutura de saúde, especialmente hospitalar;

g) Sinergia da ação conjunta das três esferas do Poder (União, Estado e Município), para a criação de incentivos e de um cluster do pólo de desenvolvimento regional, cobrindo toda a cadeia produtiva dos vários e complementares nichos da economia, e que atraiam investimentos e joint-ventures;

h) Marketing inovador voltado para o mercado nacional e internacional do mundo global e não apenas para promoção do prefeito e de suas ações em âmbito local e regional.

Franca já preenche, de certa forma, os parâmetros das alíneas e e f, e pode complementá-los e empreender imediatamente ações para ter as condições de preencher os critérios das alíneas b, g e h (com apoio dos governos Estadual e talvez também Federal), e para atrair instituições das alíneas a, c e d.

Daí a importância de Franca encontrar, urgentemente, um terreno da Prefeitura ou desapropriar um adequado para a implantação de um Parque Tecnológico, que poderia ser denominado FrancaTech 1, e para a organização de um condomínio empresarial de tecnologias avançadas e um consórcio objetivando promover e exportação de produtos e serviços de Franca e Região.

Apresentar às Câmaras de Comércio e Indústria de lá as vantagens de parcerias com indústrias de Franca e Região para investimentos com taxa de retorno realmente rentáveis. Lá as comitivas da Região deverão visitar prefeituras semelhantes a Franca, pólos calçadistas e outros, propondo às autoridades de lá que essas cidades sejam futuras cidades coirmãs, para criar cooperação econômica e cultural.

Com missões empresariais como as sugeridas, a Região poderá atrair efetivamente grandes investimentos e gerar muitos empregos hightechs (provavelmente mais de 20.000, dependendo do tamanho do Parque Tecnológico), sem os quais as novas gerações não conseguirão nem emprego nem ocupação. Será importante também o convite e a preparação de ambiente condigno para se receber missões estrangeiras que queiram investir na Região.

A população de Franca e Região aguardam ansiosas, por propostas concretas e urgentes da Prefeitura de Franca e do COMAM, bem como de manifestações dos senhores vereadores. Vamos parar no tempo ou inovar e avançar?